terça-feira, 12 de julho de 2011

É cedo ou tarde demais pra dizer adeus?

Hoje, ao atravessar a rua que dá na Museumplein (Praça do Museu) em Amsterdam fui covardemente golpeada por uma corrente de vento gelada, que sem pedir licença e sem pedir desculpas, entrou na minha roupa. Sem nenhum traço de misericórdia, arrombou o meu peito e em questão de segundos espalhou um sentimento estranho e galado, um sentimento de cor cinza. Este sentimento transformou-se em pensamento.




Então pensei: ‘Até quando agüento isso?’



Em pleno verão, um dia lindo de sol, no mês que segundo as estatísticas, é o mês mais quente do ano. Em pleno verão, sou assombrada pelo frio!
Quem nesse mundo tropical ai do Brasil, em pleno janeiro, sai para dar uma voltinha na hora do almoço e pensa: Nossa, deveria ter trazido o meu xale e o casaco de couro. Quem, me diga? Quem? Ninguém!



Olhei para o gramado da Museumplein. Tentei puxar energia e pensamento positivo dos prédios lindos a minha volta: do Rijksmuseum, o Van Gogh Museum o Concert Gebouw, enfim, os museus de arte famosos da Holanda, onde van Gogh, Rembrant, Vermeer, Modriaan e outros mestres holandeses se encontram pelos corredores. Mas não deu. Não consegui. A varinha mágica quebrou.
Na minha cabeça a trilha sonora era a música ‘Pra dizer adeus’ do Titãs:





Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Porque você não vem prá mim?
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá prá imaginar quando
É cedo ou tarde demais?
Prá dizer adeus
Prá dizer jamais?

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