sábado, 26 de março de 2011

Quando o vinho sobe….

Já vou logo avisando que bebí um pouco... Quando bebo, só faço o que me dá na cabeça, ou melhor, o que me dá no coração.
Fazer o que me dá da cabeça, faço sem beber mesmo. A razão, a lógica é comigo mesma. Mas com uma taça de vinho a mais, vejo as coisas com mais clareza. Quando a bebida domina a cabeça, me libero, deixo rolar, me entrego. Por isso resolví escrever agora, as 3 da manhã, com uma taça de vinho branco na mão e varias de vinho tinto na cabeça. Só quero ver no que vai dar...
Como teria sido a minha vida se tivesse bebido mais? Não digo no sentido de beber, encher a cara, tomar todas, se emborrachar, ficar breaco, de ver tudo duplo, de trançar as pernas. Digo no sentido de me soltar, pensar menos e agir por impulsos, só ouvindo o que quero e o que sinto no momento da ação. Será que teria me policiado tanto? Será que teria sido a filhinha mimada? A intelectual da classe? A certinha? A durona? A difilcil? A nerd? A incompreensível? A incompetente? A fujona? A meiga? A politicamente correta? A dona da verdade? A confiavel? A que faz tudo certinho?
Acho que se tivesse passado a minha vida toda com uma doses a mais na cabeça, acho que teria me comportado como alguém que bebeu mais do que devia: estaria cagando em andando para tudo e para todos.
Não estou aqui promovendo o alcoolismo, mas acho que uma boa dose a embriagues é necessária para manter as nossas vidas em balanço. É preciso errar, mentir, trair, roubar, xingar para se entender com a vida funciona. Quem nunca errou, não sabe o que é estar certo. Quem nunca mentiu, não sabe o que é a verdade. Quem nunca traiu, não sabe como é ser fiel. Quem nunca roubou, não sabe o que é se esfolar para conseguir o que quer. E quem nunca xingou não sabe como é bom mandar todo mundo para aquele lugar!
O moral dessa história? O moral não existe. Quando se bebeu um pouco mais do que o limite permitido, sente-se mais, se diz a verdade e se age por impulso. Só amanhã saberei as consequências dessa bebedeira. Amanhã me arrependo do que fiz hoje, mas hoje quero só aproveitar o zun-zun-zun que esse vinho (barato) está causando na minha cabeça. Amanhã tomo uma aspirina, e tudo bem... Amanhã fica para amanhã. Hoje sou eu, minha taça de vinho branco (barato) e minha bebedeira....

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